Product-Market Fit é um dos conceitos mais importantes no mundo das startups – e do mundo dos negócios em geral. Ele se refere ao momento em que os clientes de uma startup passam a comprar, usar e voltar a usar os produtos da empresa em larga escala, de forma que o crescimento e a lucratividade tornam-se sustentáveis.
Para algumas startups, isso acontece de forma quase repentina, ainda nos primeiros meses. Contudo, isto é raro. Para muitas delas, o cenário base é de que esse processo pode demorar meses – e em muitos casos, anos – até que elas consigam atingir esse ponto. A verdade é que chegar lá é uma raridade, já que boa parte das startups morre pelo caminho.
Estou inserido no mundo de startups há praticamente uma década, quando a expressão que caracteriza essas empresas escaláveis e com modelos de negocioinovadores ainda nem era difundida no Brasil. Já assinei cheques para gigantes como a Contabilizei e, ainda hoje, sou cofundador da AAA Inovação, uma startup de educação corporativa. Baseado nesta experiência, separei 3 passos essenciais para startups buscando o tão sonhado product-market fit.
1) Crie uma comunidade
Comunidade está virando uma buzzword no mundo dos negócios. Contudo, para além do hype, construir uma comunidade em torno do seu produto é uma maneira eficaz de encontrar product-market fit. As startups podem usar mídias sociais, fóruns e outras plataformas para se envolver com clientes em potencial, coletar feedback e criar seguidores leais. Uma comunidade fornece às startups uma linha direta de comunicação com os clientes, permitindo que eles entendam melhor as necessidades dos clientes e adaptem o produto de acordo. Startups como Rocket Chat começaram dando bastante valor às suas comunidades e encontraram product-market fit a partir daí.
2) Construa parcerias
Parceria com empresas complementares pode ajudar sua startup a encontrar product-market fit. Ao fazer parceria com outras empresas, as startups podem explorar as bases de clientes existentes, obter insights valiosos e aumentar seu branding. As parcerias também podem fornecer às startups acesso a recursos e conhecimentos que podem ajudá-las a refinar seus produtos e atender melhor às necessidades dos clientes. É como se você estivesse em uma bicicleta, mas pegando carona em um veículo melhor enquanto ajusta o seu produto. Startups de seguro, por exemplo, fecham parcerias com companhias aéreas ou empresas de viagem para prover valor a clientes existentes dessas empresas.
3) Rastrear métricas
Esta pode parecer óbvia, mas você não acreditaria no quanto este passo é menosprezado por fundadores. Medir as métricas corretas é fundamental para encontrar o ajuste do produto ao mercado. As startups devem identificar as principais métricas, como custo de aquisição do cliente, taxa de retenção do cliente e LTV, e acompanhá-las regularmente. Perceba que eu falei “Métricas corretas”. Muitas vezes, os fundadores até estão medindo métricas, mas colocam foco naquelas que não são tão importantes para o momento atual da empresa. E uma vez que tudo aquilo que é medido tem um custo associado, ficar nas métricas erradas, além de não proporcionar o resultado esperado, pode acabar queimando recursos preciosos.
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