Inovação Sem Permissão: ao invés de perguntar se pode, faça!

 / 28.06.2022

A internet trouxe um poder de escalabilidade e remixibilidade que revolucionaram – e revolucionarão ainda mais – a nossa sociedade.

Escalabilidade, pois o custo marginal de produção caiu para praticamente zero em muitos casos. Este artigo, por exemplo, poderá ser lido por milhões de pessoas e o custo para mantê-lo no ar é dissolvido ao longo do tempo, conforme mais artigos são escritos.

O mesmo vale, por exemplo, para cursos online, hoje uma indústria de bilhões de dólares. Os custos de produção, hosting e distribuição são praticamente incomparáveis àqueles pré-internet.

A remixibilidade se refere à possibilidade de pegarmos aquilo que já existe e remixarmos, criando novas versões e construindo algo de valor em cima daquilo.

A Inovação Sem Permissão é aquela que acontece sem que seja preciso pedir autorização de ninguém.

Não vou entrar aqui nos detalhes de como isso poderia funcionar no mundo corporativo – isto fica para artigos futuros – e nem dos cuidados e eventuais perigos que esta dinâmica pode trazer.

A ideia aqui é: construir algo pode valer muito mais do que qualquer currículo ou discurso.

Essa afirmação se apoia em quase 30 anos de mundo corporativo, nos quais já convivi com profissionais tremendamente diversos e já entrevistei milhares de pessoas.

Existe uma expressão no storytelling chamada Show, don’t tell. Ela se refere à técnica narrativa na qual um escritor ou roteirista, ao invés de contar o que um personagem está fazendo ou como está se sentindo, mostra aquilo através de gestos, expressões e ações. O mesmo vale para nossas carreiras, apesar de pensarmos pouco nisso.

Ao invés de pedir uma vaga como social media, crie um plano de postagens para a empresa e traga peças que exemplifiquem o seu plano.

Ao invés de pedir uma vaga de redator, escreva uma peça demonstrando suas habilidades, deixando claro o que você é capaz de fazer.

Ao invés de pedir uma vaga como UX designer, entregue um projeto de novo fluxo de usuários para a companhia pretendida.

Construir um portfólio deveria ser algo que estamos constantemente fazendo, independente do nosso nível ou tempo de carreira.

Isso é especialmente importante, é claro, para pessoas mais jovens, sem tantas conexões ou experiência. Ao invés de buscar experiência, crie experiências.

Obviamente, isso não é uma regra e não vale para tudo. Nem todas as profissões e indústrias aceitam o “ao invés de perguntar, faça”.

Mas se você está em uma indústria que permite este tipo de inovação, saiba que esta é uma das maneiras mais poderosas de mostrar para os seus pares e recrutadores que você é capaz de colocar coisas em prática, algo cada vez mais importante em um mundo de faladores.

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Allan Costa
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