“Desburocratização, participação da pequena empresa nas compras governamentais e incentivos à formalização e à geração de empregos no município são apenas alguns dos muitos exemplos de ações que podem contribuir com a construção deste futuro e podem ajudar a construir uma economia próspera, com os pequenos negócios ocupando o lugar que lhes é de direito.”
A região de Emilia Romagna está localizada no centro da Itália e até a década de 70, sua economia era eminentemente agrícola e de baixo desenvolvimento. Desde então, esta região transformou sua dinâmica a partir da criação de distritos industriais apoiados no desenvolvimento de uma forte cultura de cooperação e no fortalecimento de redes de pequenas empresas. Como resultado, a região hoje apresenta indicadores de renda per capita, qualidade de vida e distribuição de renda entre os melhores da Europa.
A Irlanda foi, por mais de dois séculos, um dos países mais pobres da Europa, com baixos níveis de escolaridade e elevados níveis de emigração. No final da década de 80 o governo reduziu a carga tributária do setor produtivo ao mesmo tempo em que investiu fortemente em educação, desburocratização e no tratamento diferenciado a pequenas empresas. Desde então, o PIB Irlandês atingiu os níveis da União Européia em 1998, o desemprego caiu de 16% para 4% em uma década e o país tornou-se um dos maiores centros mundiais de software e tecnologia.
Castilla y Leon é uma região Espanhola que até o início da década de 90 era, essencialmente, uma área rural com alto nível de desemprego. Em 1994, a região criou um Sistema Regional de Inovação baseado numa rede de agentes locais que visitavam áreas isoladas levando inovação às pequenas empresas forma concreta e in loco. Desta iniciativa, resultaram centenas de projetos que, a partir de sua implantação, alavancaram os níveis de competitividade das empresas com conseqüente dinamização da economia de toda a região e drástica redução nos níveis de desemprego.
Embora alguns elementos da abordagem utilizada em cada uma destas histórias de sucesso sejam diferentes (cooperação na Emilia Romagna, educação e desburocratização na Irlanda, Inovação em Castilla y Leon), temos entre elas um ponto em comum: a Micro e a Pequena Empresa como elementos fundamentais do processo de transformação e desenvolvimento. E são exemplos como estes que evidenciam o acerto de estratégias que privilegiem e dêem tratamento diferenciado aos Pequenos Negócios.
No dia primeiro de janeiro de todos os anos que se seguem a eleições municipais, prefeitos e prefeitas eleitos e re-eleitos começaram a escrever uma nova página na história dos municípios Paranaenses e Brasileiros. Esperamos que, no futuro, estas páginas descrevam histórias de êxito ainda maior do que as descritas anteriormente, a partir de iniciativas que propiciem um ambiente de desenvolvimento profícuo para os pequenos negócios. Desburocratização, participação da pequena empresa nas compras governamentais e incentivos à formalização e à geração de empregos no município são apenas alguns dos muitos exemplos de ações que podem contribuir com a construção deste futuro e podem ajudar a construir uma economia próspera, com os pequenos negócios ocupando o lugar que lhes é de direito. Este é um caminho que, comprovadamente, vale a pena ser trilhado.
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