Para este século, visualizo uma mudança da gestão baseada em máquinas para uma gestão de jardim. Ao contrário das empresas de antigamente, o ambiente das companhias na atualidade não deve ser complicado, mas sim, complexo.
Este século já está trazendo grandes mudanças para o mundo da gestão, mas acredito que estamos apenas no início. Uma das analogias que mais gosto é a que diz que estamos passando de uma gestão baseada em máquinas para uma baseada em jardins.
Pense nos modelos de gestão do século passado. Eles funcionavam como grandes máquinas, com engrenagens que precisavam estar integradas e com pouco espaço para mudanças. Essas grandes máquinas eram gigantescos ambientes complicados. E tinham, entre algumas das principais características, os processos burocráticos e as hierarquias super rígidas, com decisões sendo tomadas de forma top-down (de cima para baixo).
Nesses ambientes complicados, existiam diversas variáveis envolvidas. Contudo, o meio não era propício ao surgimento de novas ideias, novos processos, novos produtos. A ideia de máquina traduz o elemento mecânico das empresas do século XX: processos super bem definidos, dificuldades de mudanças e adaptações.
Para este século, visualizo uma mudança da gestão baseada em máquinas para uma gestão de jardim.
Ao contrário das empresas de antigamente, o ambiente das companhias na atualidade não deve ser complicado, mas sim, complexo.
Existem milhares de variáveis internas e externas envolvidas, fazendo com que essas empresas se tornem grandes ecossistemas onde causa e efeito é cada vez mais difícil de ser atribuída e onde os elementos não podem ser simplesmente isolados.
O ambiente do jardim tem também milhares de variáveis interagindo entre si e produzindo resultados, contudo, ao contrário do mundo mecânico das máquinas, as interações sempre produzem resultados para o próprio ecossistema.
As hierarquias são menos rígidas, as decisões, tomadas de forma muito mais rápida e baseada nas pontas, e os processos, mais rápidos.
Assim, as empresas deixam de ser máquinas e se tornam jardins. Ou, grandes ecossistemas. Neles, há muito menos controle sobre os elementos, e as possibilidades de ganho são imensas.
Hoje, o maior expoente da nova configuração de empresas é a gigante chinesa Alibaba.
Ela desenvolveu um ecossistema baseado em construir ambientes para que milhões de outras empresas e empreendedores possam usar a essa estrutura e alavancar seus negócios.
Hoje, a Alibaba possui unidades de negócios diversas, como e-commerce, live commerce, logística, serviços financeiros, aplicações na nuvem.
Máquinas são ambientes. Jardins são ambientes vivos. E em ambientes vivos, a troca de informações é mais rápida e a adaptabilidade acontece de forma muito mais fácil.
Cada vez mais, as empresas devem deixar de serem máquinas complicadas e se tornarem jardins complexos. Grandes ecossistemas onde milhões de variáveis estão interagindo a todo momento e onde a empresa é, no fim das contas, uma facilitadora de processos.
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