Com o crescimento de plataformas como Instagram, YouTube e, mais recentemente, o TikTok, a chamada Creator’s Economy tem ganhado força e cada vez mais atenção. Eu sou um fã dessa nova economia e das oportunidades incríveis que ela apresenta para qualquer pessoa. Mas, como sempre, toda moeda tem os dois lados.
Na última década, com o crescimento de plataformas como Instagram, YouTube e, mais recentemente, o TikTok, a chamada Creator’s Economy (em uma tradução livre, algo como Economia dos Criadores) tem ganhado força e cada vez mais atenção.
Se em tempos pré-internet e pré-smartphones tínhamos alguns poucos veículos de imprensa e mídia criando conteúdos e os distribuindo em massa, hoje qualquer pessoa pode produzir e publicar novos conteúdos sobre praticamente qualquer tema em uma velocidade inimaginável há algumas décadas.
Eu sou um fã dessa nova economia e das oportunidades incríveis que ela apresenta para que qualquer pessoa com algo de valor a dizer simplesmente o diga, crie uma audiência para si e explore maneiras de monetizar essa audiência, podendo até mesmo transformar a criação de conteúdo em uma atividade em tempo integral.
Mas, como sempre, toda moeda tem os dois lados.
Em primeiro lugar, com essa facilidade na criação de conteúdos, a quantidade de bobagem e coisas sem consistência disponíveis e alardeadas como “verdades” cresceu exponencialmente. Gente que nunca colocou a mão na massa em nada posando como autoridades nos mais diversos assuntos, os famosos entendidos de coisa nenhuma.
Como empreendedor ou empreendedora, ou mesmo na busca por referências para sua própria carreira, você deve sempre prestar muita atenção nas credenciais dos influenciadores que você escolhe como referências. Usar referências vazias pode prejudicar enormemente a sua trajetória.
Além disso, é importante chamar a atenção para um ponto adicional.
Como vimos, existe um mar de oportunidades por trás da economia dos criadores. Na medida certa, essas oportunidades podem se traduzir em muitos benefícios para a carreira e a empresa através da criação de conteúdos para o Instagram, LinkedIn, YouTube, Twitter ou seja lá onde for. Essa criação de conteúdo é importante também para sedimentar conhecimentos e fazer networking.
Mas aqui existe um grande risco.
E esse risco, se relaciona à indústria da vaidade, que frequentemente anda de mãos dadas com muitos criadores de conteúdo de primeira viagem.
É fácil se deixar seduzir pelos likes, comentários em artigos, convites para palestras ou eventuais aparições na mídia. O risco está na possibilidade de perda de foco nas atividades do dia a dia, pela canalização de energia excessiva na criação de conteúdo.
Pense por um instante nos empreendedores que você mais admira, ou nos fundadores de startups que viraram unicórnios. Analise se essas pessoas estão o tempo todo na mídia, na Internet, posando como influencers. Provavelmente você vai constatar que não.
Geralmente são pessoas que dedicam, sim, algum tempo, a fortalecer a imagem pessoal e profissional e a difundir as mensagens necessárias para a empresa em mídias sociais. Mas, dotados de plena consciência a respeito do que é realmente importante, tem como absoluta e inegociável prioridade fazer a empresa andar, cuidar da execução, da entrega e do cliente, assegurar que os belos planos do papel e do powerpoint se transformem em resultados concretos e mensuráveis.
Chamo atenção para esse ponto reforçando algo que sempre falei: nada substitui o trabalho. Baixar a cabeça e trabalhar com foco, pensando no longo prazo, é transformador.
Se você ainda não explora as oportunidades dessa economia dos criadores, recomendo fortemente que comece a fazê-lo. Entretanto, tendo sempre como pano de fundo o alerta: ser um influenciador e criador de conteúdo é ótimo! Mas, a não ser que você encontre uma forma de viver disso, praticar aquilo que se fala e simplesmente baixar a cabeça e trabalhar para levar o seu negócio ao próximo nível, é o que realmente faz a diferença.
É isso que cria valor no longo prazo.
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