Qual é a sua história?

 / 04.06.2015

“…empresas são feitas de pessoas; e pessoas, por sua vez, são feitas de histórias.”

Um dia ainda vou entender porque nós, humanos, temos a tendência de complicar as coisas e, não raro, demoramos tanto tempo para entender o óbvio.

Por décadas, o mantra nas empresas foi baseado na objetividade e frieza dos números. Planilhas, gráficos, slides sonolentos de powerpoint cheios de informações tediosas e um repertório pouco inspirador com enfoque em planejamento e resultado.

Nada contra a lógica racional tão necessária ao mundo dos negócios. Mas finalmente o universo corporativo começa a perceber que, muito além de números e estatísticas, empresas são feitas de pessoas; e que pessoas, por sua vez, são feitas de histórias. E assim, o Storytelling chega às empresas prometendo revolucionar a forma como produtos são vendidos, campanhas de marketing são criadas, culturas são integradas e equipes são desenvolvidas.

Entretanto, acreditar que simplesmente “contar histórias” passa a ser, por si só, o bálsamo que curará todos os males é ingenuidade. Não é assim que funciona.

Em primeiro lugar, há que se ter consciência que boas histórias são baseadas em bons protagonistas. Ou você consegue imaginar-se seduzido por uma história sem bons personagens?

Nesse contexto, o papel da liderança continua sendo determinante.

Os líderes, nas empresas, são os principais protagonistas das histórias criadas e contadas. Sem liderança, não há protagonismo. E sem protagonismo, não há história.

Também é importante identificar qual o propósito da história a ser contada.

É como contar histórias para crianças. Qual o objetivo? Entreter? Acalmar? Transmitir valores? Ensinar? Na empresa é a mesma coisa. Qual a função de determinada história? Lançar um novo produto? Colocar no mercado uma nova empresa ou unidade de negócio? Facilitar um processo de fusão entre duas empresas? Contornar uma crise? Promover alinhamento estratégico? Dessa definição dependerá a possibilidade de criar e desenvolver histórias mais ou menos envolventes.

E finalmente, por mais natural que o ato de “contar histórias” possa parecer, quando falamos de Storytelling corporativo é necessário ter em mente que apenas imaginação e criatividade não bastam.

É preciso mais que isso. Afinal, assim como em qualquer forma de arte, o que diferencia o excepcional do ordinário, é a técnica e o método do artista colocados a serviço da criação.

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Allan Costa
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